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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ano 22 - Goiânia, Goiás. Edição nº 21 de 2009 – 28 de outubro a 11 de novembro

Veja nesta edição:

- CPMI contra MST é instalada

- Morre Dona Geraldina Canuto

- D. Luiz Cappio recebe prêmio João Canuto

- Sudeste lidera ranking de trabalho escravo

- Marcha por Reforma Agrária chega a Maceió

- Assassinato de Keno completa dois anos

- CPT é homenageada pelo MST no Paraná

- Acampados ameaçados recebem apoio

- MMC comemora 20 anos de fundação

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CPMI contra MST é instalada

As assinaturas de 210 deputados e de 36 senadores possibilitaram a instalação, no dia 22 de outubro, da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, a CPMI pretende desmoralizar a Reforma Agrária e é uma resposta dos ruralistas à pressão do MST pela atualização dos índices de produtividade do campo. Em reação à CPMI, intelectuais de todo o mundo criaram o “Manifesto em defesa do MST”, que inclui um abaixo-assinado contra a criminalização das lutas sociais e contra a violência do agronegócio. O Manifesto pode ser acessado no site (http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html). (fonte: MST e Radioagência NP)

Morre Dona Geraldina Canuto

Morreu no dia 14 de outubro, Dona Geraldina Canuto, viúva do sindicalista João Canuto, assassinado em 1985, e mãe de dois filhos assassinados em 1990, os três mortos a mando de fazendeiros, no sul do Pará. Dona Geraldina, juntamente com sua família, foi uma importante figura na luta contra o poder do latifúndio e pela Reforma Agrária. A CPT enviou para os dois filhos vivos do casal, Luiza e Orlando, uma mensagem de pêsames, em que diz: “Vocês são os herdeiros da fibra de seus pais, agora também responsáveis por manter viva a memória deles para que as gerações futuras saibam que muita gente não se curvou diante das forças mais atrasadas deste país”. (fonte: CPT Nacional)

D. Luiz Cappio recebe prêmio João Canuto

O bispo da diocese de Barra, D. Luiz Cappio, recebeu o Troféu João Canuto, por ter se destacado na defesa dos direitos humanos. O prêmio que é uma iniciativa do Movimento Humanos Direitos (MHuD) foi entregue no Rio de Janeiro, no dia 22 de outubro, durante o Fórum Anual do Movimento. Na ocasião, também foram homenageados o diretor teatral Augusto Boal, a religiosa Henriqueta Cavalcante, o padre e educador Júlio Lancellotti, a atriz Isabel Filardis, o educador Jean Pierre Leroy, entre outros. (fonte: Articulação São Francisco Vivo).

Sudeste lidera ranking de trabalho escravo

O número de pessoas flagradas no campo trabalhando em condições análogas à escravidão cresceu nas regiões sudeste e sul, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego. De janeiro a setembro deste ano, foram resgatadas 743 vítimas em propriedades localizadas no Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Já os flagrantes no norte e no nordeste, onde historicamente os registros são superiores, diminuíram. O coordenador da Campanha Nacional da CPT de Combate ao Trabalho Escravo, Xavier Plassat, explica essa inversão "Aonde o agronegócio vai de vento em popa o trabalho escravo avança". Desde 2004 está parada na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda Constitucional do Trabalho Escravo, que prevê o confisco de propriedades, sem direito à indenização e com destinação para a Reforma Agrária, em casos de exploração de mão de obra escrava. (fonte: Estadão)

Marcha por Reforma Agrária chega a Maceió

Após 22 dias de caminhada e mais de 330 km percorridos a pé, os 1,5 mil integrantes da Marcha Estadual por Reforma Agrária e Soberania Popular chegaram, no dia 21 de outubro, em Maceió. A Marcha partiu de Delmiro Gouveia (AL), com o objetivo de percorrer parte do estado esclarecendo a população sobre a importância da Reforma Agrária e sobre os problemas locais. Em Maceió, os marchantes cobraram do governo estadual e do Incra as demandas de desapropriação das propriedades improdutivas e estruturação dos assentamentos. (fonte: MST)

Assassinato de Keno completa dois anos

No dia 21 de outubro de 2007, o trabalhador rural Valmir Mota de Oliveira, conhecido como Keno, foi assassinado por seguranças que formavam uma milícia armada, no Centro Experimental da transnacional Syngenta, em Santa Tereza do Oeste (PR). O crime aconteceu no acampamento do MST montado na área, para denunciar que a empresa realizava experimentos ilegais com sementes de milho transgênico. Os responsáveis pela morte do trabalhador rural não foram punidos. Em homenagem a Keno, o MST realizou no último dia 21, uma Missa Ecumênica no acampamento 1º de Agosto, em Cascavel (PR). (fonte: Terra de Direitos)

CPT é homenageada pelo MST no Paraná

Durante o XVIII Encontro Estadual do MST a Comissão Pastoral da Terra foi homenageada pelo apoio prestado ao Movimento. A atividade, realizada entre os dias 14 e 17 de outubro, em Rio Bonito do Iguaçu (PR), também comemorou os 25 anos do MST. O integrante da coordenação nacional do MST, João Pedro Stédile, ressaltou a importância da Pastoral, “A CPT é uma espécie de nossa madrinha”. (fonte: CPT Paraná)

Acampados ameaçados recebem apoio

Integrantes da CPT Alagoas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e trabalhadores rurais prestaram solidariedade às 28 famílias acampadas, na fazenda improdutiva Boa Esperança, do deputado federal Benedito de Lira (PP/AL), em Major Isidoro (AL). Durante a visita foram entregues cestas básicas para os trabalhadores rurais que ocupam a propriedade e realizadas manifestações na cidade para informar a população sobre as ameaças e situação de abandono da fazenda. As famílias acampadas foram ameaçadas pelo filho do proprietário da fazenda, o deputado estadual Arthur Lira (PP/AL), que disse que o acampamento seria derrubado e as famílias retiradas à força. Outro grupo formado por um homem identificado por Petrucio Barbosa e seu genro Henry Sidney Amaram, tabelião do cartório da cidade, ameaça constantemente o acampamento, fazendo rondas na área, inclusive retiraram a bandeira da CPT do acampamento e derrubaram casas de taipa, com um trator. (fonte: CPT Alagoas)

MMC comemora 20 anos de fundação

O Movimento de Mulheres Camponesas (MCC) realizou nos dias 17 e 18 de outubro, em Palmeira das Missões (RS), um encontro para marcar seus 20 anos. A comemoração, que contou com a participação de 400 mulheres do Rio Grande do Sul, promoveu a troca de experiências entre as integrantes do Movimento e debates sobre a trajetória do MMC. As atividades culturais foram marcadas pela exposição de painéis sobre a participação das mulheres nas atividades do campo, o lançamento do livro “Mulheres: Resistência e Luta em Defesa da Vida” e uma Feira da Agricultura Camponesa. (fonte: MMC e Chasque)

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